segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Porto das Barcas, patrimônio e cultura em um só lugar!

Complexo Cultural Turístico Porto das Barcas


Restaurantes, lojas de artesanatos, pousadas, agência de viagem e muita história, isso é o que se encontra no Complexo Turístico Porto das Barcas localizado no Centro da cidade de Parnaíba, Norte do Piauí.
Localizado às margens do Rio Igaraçu, braço do Rio Parnaíba, o porto fica à direita da ponte que liga a cidade à Ilha Grande de Santa Isabel. A região foi inicialmente povoada por volta de 1669 e em 1758 passou a abrigar uma Charqueada de propriedade do português Domingos Dias da Silva, que por ali iniciou as atividades agrícolas e comerciais, chegando a importar e exportar, através dos navios, para países da Europa.
Os corredores que formam labirintos e as ruínas de pedras datadas do século XVIII guardam importantes momentos da história do Piauí. Para recuperar e preservar o patrimônio cultural que o Porto das Barcas abriga, em 2008, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tombou o Conjunto Histórico e Paisagístico de Parnaíba.
Para o administrador Tiago Lima, o Porto das Barcas é um ponto turístico que une história e artesanato piauiense em um mesmo lugar. “É um lugar com clima bem colonial e extremamente cultural. O artesanato comercializado é de qualidade e o local é um ponto turístico importante para quem quer conhecer mais sobre a história do nosso Estado”, afirma o piauiense que conheceu o Complexo neste ano.
O Porto das Barcas é uma das portas de entrada para quem vai ao Delta do Parnaíba, o único delta em mar aberto do mundo e também, o único das Américas.

Vista aérea do Porto das Barcas

Em 1761 foi criado o município denominado Vila de São João da Parnaíba, posteriormente transferido do lugar Testa Branca, primeira sede, para o Porto das Barcas, que oferecia melhores condições para o assentamento da nova Vila. Porto da Barcas marco da fundação da cidade, continuou a desempenhar papel preponderante na economia da região, quando então foram construídos imensos armazéns utilizados para estocagem de mercadorias importadas e para exportação, destacando-se as transações comerciais com Portugal, Espanha, Inglaterra E Alemanha. Por volta de 1940, com a queda dos preços da cera de carnaúba e do babaçu no mercado internacional, começou a decadência da supremacia do mercado externo, posteriormente o mercado atingido de forma brutal, pelo advento das rodovias. O fato levou a cidade de Parnaíba a posição de isolamento, devido ao enfraquecimento da navegabilidade do rio Parnaíba. Atualmente, Parnaíba constitui-se centro coletor de produtos extrativos vegetais, havendo em sua área modernas indústrias de transformação com crescente atividade comercial e excelente oportunidades para exploração de potenciais latentes, desde o setor primário até a atividade turística, por situa-se em região tropical, que abriga um dos três únicos Deltas do mundo em mar aberto, além de oferecer aos visitantes uma natureza exuberante. A restauração do Porto das Barcas contribuiu para fazer reviver aos bons tempos de sua movimentação. Onde antigamente estava a base da economia da cidade, hoje se respira cultura e preservação, ao mesmo tempo em que se pode dispor de excelente área de lazer e destinação turística.

Porto das Barca no final da tarde


Referencias


http://portalcostanorte.meionorte.com/salao-de-turismo-da-rota-das-emocoes-acontece-em-outubro-no-porto-das-barcas/complexo-cultural-turistico-porto-das-barcas/
http://deltadoparnaiba.blogspot.com.br/2010/08/porto-das-barcas-parnaiba-piaui.html
http://www.45graus.com.br/porto-das-barcas-o-centro-do-artesanato-em-parna-ba,geral,89912.html
http://www.piaui.pi.gov.br/terra-querida/especial/id/6443

sábado, 22 de novembro de 2014

Delta do Parnaíba

A História




Delta do Rio Parnaíba

A mais de 420 anos, o navegante português Nicolau de Resende perdeu toneladas de ouro, em um naufrágio no litoral do nordeste do Brasil. O acidente foi próximo à foz do rio Parnaíba, que divide os Estados do Piauí e Maranhão. Por 16 anos tentou, em vão, resgatar sua preciosa carga, mas descobriu tesouro ainda maior: “um grande rio que forma um arquipélago verdejante ao desembocar no Oceano Atlântico”, disse ele. Nicolau de Resende descobriu o único delta em mar aberto das Américas, o Delta do Rio Parnaíba.
A Foz do Rio Parnaíba, na forma de Delta (a letra grega, representada por um triangulo), se divide em 5 braços. Outros deltas em mar aberto ou oceânicos ocorrem na foz dos rios Nilo na África e Mekong na Ásia.

Pintura do Delta por Pedro Pintor

O mapa do Delta do Rio Parnaíba parece o desenho da palma da mão: o rio se divide em 5 braços, cuja as águas desembocam no oceano, que no sentido Leste-Oeste, são chamadas: Tutóia, Melancieira ou Carrapato, Caju, Canárias – todas maranhenses – e Barra do Rio Igaraçu, que desemboca no município de Luís Correia.
A área total do Delta é estimada em 2700 km2, distribuída em forma retangular, tem 90 km de base – a orla – por 30 km onde estão igarapés, os mangues, as dunas, as ilhas e ilhotas.
As estimadas 80 ilhas e ilhotas, entre elas as ilhas grande de Paulino, Caju, Canárias e Ilha Grande de Santa Isabel ocupam cerca de 80.000 ha. Estima-se que 65% do Delta estão em território maranhense e 35% no Piauí.

Uma maternidade do mar


Mangues

Além das dunas, praias, rios e igarapés, o Delta do Rio Parnaíba é formado por extensas florestas de manguezais. O mangue é um dos ecossistemas mais ricos e vitais para o equilíbrio ambiental da zona costeira, onde a vida marinha se alimenta e se reproduz.
Os manguezais são considerados uma espécie de maternidade do mar. É neste ambiente povoado por plantas exóticas e animais curiosos onde camarões, caranguejos, mariscos e outras espécies de aves e peixes encontram alimento em abundância e abrigo seguro para se reproduzir. Os manguezais também são muito úteis para o homem, pois é uma importante fonte de recursos alimentares e econômicos. São utilizados como fonte de extrativismo vegetal através do aproveitamento madeireiro das espécies e a extração do tanino, substancia usada na curtição de couros, peles e na pintura das velas das embarcações. A explicação para a alta produtividade dos manguezais é simples: a grande quantidade de matéria orgânica que chega as baías e enseadas através da desembocadura de rios pelas mares.

Caranguejo, principal morador dos mangues do Delta

Os caranguejos geralmente vivem em ambiente marinho, mas muitas espécies têm hábitat dulciaqüícola ou semi- terrestre. São, na sua maioria, animais de vida livre, ocorrendo espécies simbiontes (comensais e parasitas). Vivem em substrato arenoso, areno-lodoso, lodoso ou rochoso, onde rastejam e podem escavar tocas ou refugiar- se entre as fendas, algas, corais e outros organismos. Esses animais, como os outros artrópodos, realizam troca da carapaça (muda ou ecdise) para o crescimento do indivíduo. Ucides cordatus vive em manguezais onde escava tocas no substrato, principalmente lodoso (lama). Durante a maré alta, estes animais permanecem na toca e, quando a maré baixa, saem em busca de alimento. Ucides cordatus realiza uma "andada" para reprodução que geralmente ocorre nos meses de dezembro a março, e uma para muda, entre setembro e novembro. Constantemente ouve-se falar que os caranguejos estão magros nos meses com "r" e gordos nos meses sem "r". Isto se dá pelo fato dos meses com "r" coincidirem com o pico de alimentação e engorda e os meses sem "r", com o período da muda, momentos em que os animais gastam muita energia e não se alimentam. Eles não se expõem, no período após a muda, quando seu exoesqueleto ainda não se encontra enrijecido, para enfrentar os predadores.

Referencias 


http://ilhadocaju.com.br/delta-do-parnaiba/

http://www.deltadorioparnaiba.com.br/delta_caranguejo.htm